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Enquete demonstra desconhecimento de refugiados e migrantes venezuelanos sobre Enem, apesar de desejo de ingressar no ensino superior

A enquete foi feita pela plataforma digital U-Report Uniendo Voces e não tem caráter representativo da população geral de migrantes e refugiados venezuelanos no Brasil

De acordo com uma enquete da Plataforma de Coordenação Interagencial para Refugiados e Migrantes da Venezuela (R4V, na sigla em inglês) três em cada quatro refugiados venezuelanos que desejam entrar na universidade não conhecem o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), a principal forma de acesso para o ensino superior no Brasil hoje.

De 70 respostas, apenas 24% disse que conhece o Enem, enquanto 75% afirmaram não conhecer o exame. De 5 pessoas que responderam que haviam feito a inscrição, 40% respondeu que estuda por conta própria, enquanto 60% afirmou ter dificuldades para estudar.

Do total de pessoas que responderam à enquete, 55% têm o ensino médio completo, 52% têm até 30 anos e quase metade vive nos estados do Amazonas e de Roraima. De 73 pessoas que responderam, 92% afirmam querer entrar em uma universidade ou faculdade no próximo ano ou no futuro, 5% não têm certeza e 3% não desejam ingressar no ensino superior.

Instituições de ensino públicas e privadas utilizam o Enem – aplicado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) – para selecionar estudantes para ingresso em cursos superiores, seja como critério único ou complementar dos processos seletivos. Apesar do desconhecimento sobre a prova, quase nove em cada dez entrevistados afirmam que tentarão entrar na universidade no próximo ano.

De acordo com a colíder do setor de Educação da Plataforma R4V Cynthia Ramos, “de forma geral, um dos motivos que impedem o acesso à educação de pessoas refugiadas e migrantes é o desconhecimento de que isso é um direito”. Ela ressalta que a pesquisa demonstra que essa falta de conhecimento sobre as leis brasileiras relativas aos migrantes e refugiados não afeta apenas a educação básica, quando as famílias desconhecem o processo de matrícula das crianças, mas também a adolescência e a juventude.

Hoje, pelo menos 388 mil migrantes e refugiados da Venezuela vivem no Brasil, sendo que a maioria chega ao país pela fronteira na cidade de Pacaraima, em Roraima.

A enquete foi realizada no começo do mês por meio do U-Report Uniendo Voces, uma plataforma digital de informação e participação social para jovens e adolescentes que migraram para o Brasil em busca de proteção e assistência. A pesquisa contou com a participação de 74 pessoas e não tem caráter representativo da população geral de pessoas refugiadas e migrantes no Brasil. Acesse os resultados completos do estudo.

Por Amanda Almeida, da Equipe de Comunicação Virtual

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